sexta-feira, 5 de abril de 2013

1900 – O FIM DO ROMANTISMO

“Mulher é a memória do mundo. Expulsa da gerência da realidade, ela devotou-se ao longo dos séculos as tarefas domésticas, as lides amorosas, à defesa da formação da família, à transmissão privada dos códigos morais e religiosas.” (Nélida Piñon)

FOTO: Claro Jansson

“Coberta da cabeça aos pés, a mulher do início do século não saía de casa sozinha. Bordava, declamava, tocava piano, sempre longe da janela. Nascia para não ser vista. Presa aos afazeres domésticos, muitas vezes encontrava consolo na religião. Como a menina que, em 1915 se ajoelha aos pés de um altar caseiro.” (Nélida Piñon).

Quais lembranças esta imagem nos remetem? Quantas de nós temos uma foto semelhante a esta imagem guardada nos baús de fotografias?

“Confrontada com tantos reptos, a brasileira admite a cada ano do século em pauta que não lhe são suficientes a placidez do lar, a submissão as ideologias repressivas, a perpetuação da espécie. Seu crescente protagonismo na caprichosa cena do cotidiano garante-lhe ações que impulsionam sua presença no mercado de trabalho e no horizonte do país. E, conquanto sofra avanços e retrocessos históricos, vai devagar acercando-se do empolgante mistério de sua natureza profunda.” (Nélida Piñon)

FOTO: Augusto Malta

Bertha Lutz, líder feminista em plena campanha política como candidata à Câmara dos Deputados, sobe o morro de São Carlos, no Rio, à caça de votos, 1934.

FONTE: Livro “Século XX – A mulher conquista o Brasil”

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